Naquele tempo contava estrelas
Apontava-as com dedo em riste
Minha mãe fazia carícias
Nos meus cabelos
Meu rosto era úmido de beijos
Eu via na ciranda
A infância correr
Eu flutuava no mundo
Pelo avesso
Subia no telhado
Batia asas
E voava...
Tinha ninho
Teto desabado
Olho da vidraça
Sem carícias
Estrelas
Rosto seco
Não vejo cirandas
Tenho apenas ousadia
De ser do avesso
Apontava-as com dedo em riste
Minha mãe fazia carícias
Nos meus cabelos
Meu rosto era úmido de beijos
Eu via na ciranda
A infância correr
Eu flutuava no mundo
Pelo avesso
Subia no telhado
Batia asas
E voava...
Tinha ninho
Teto desabado
Olho da vidraça
Sem carícias
Estrelas
Rosto seco
Não vejo cirandas
Tenho apenas ousadia
De ser do avesso
Um comentário:
Bela poesia que retrata sentimentos que estão nos dias de hoje desvalorizados,principalemnte as cirandas que não vemos mais nossas crianças nas ruas e nas escolas brincando.
Linda e muito próxima do nosso coração
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