terça-feira, 25 de maio de 2010

Sem ser o tanto

quando criança
quer-se crescer
ser tantos
entretanto
no tanto
o tempo enferruja sonhos
vida vira sina
e meio sem jeito
cresce-se
sem ser o tanto e quanto

nas beiras
cercas
ferpas
perambeiras
eiras de sal

a lua rosna
no oco da noite
vem roçar a face
e a gente
ainda com queixumes
percebe num canto
que ainda é criança
tudo pode recomeçar

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