sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, Mengo!

Essa paixão pelo futebol contagia e mesmo não se envolvendo em todo o campeonato, nem assistindo a todos os jogos, é inevitável. A final de um campeonato sempre leva a gente sentar em frente à telinha, roer unhas e torcer. E foi o que fiz no domingo.
O time já era o meu velho conhecido, o Flamengo. Meu pai, que Deus o tenha, era um torcedor não muito fanático, mas fiel ao clube. Eu não poderia ser indiferente, torci e sofri na decisão. O Maracanã foi o Coliseu. Pode parecer um pouco cruel, mas o espírito esportivo não deve se desviar de uma competição guerreira.
Que se compreenda de imediato que não sei fazer análises de jogos, desempenho de jogadores ou táticas de treinadores. Não é minha praia. Mas confesso, estou estarrecida com a festa do Mengão.
Adormecido na primeira fase do campeonato, o time chegou ocupar a 14ª posição. Numa trajetória cheia de tropeços, com a queda do técnico Cuca e a estréia de Adriano que fez a atuação do time piorar, era difícil de se acreditar que o Flamengo desjejuasse depois de 17 anos.
Um dos responsáveis pela grande campanha do time foi Andrade, mineiro de Juiz de Fora. O técnico chegou à nação rubro-negra, deu alma nova ao Flamengo, recuperou a confiança e deu equilíbrio aos jogadores. Inspirou segurança no torcedor, que marcou presença nos jogos e apoiou o time no Maracanã com o grito uníssono: Mengoooooooooo!
Para um time que teve: Leonidas (1936-1941), Domingos da Guia (1936-1943), Zizinho (1939-1950), Zagalo (1953-1958), Evaristo (1953 – 1957), Dida (1954-1963), Junior (1974-1993), Bebeto (1983-1989), Zico (1971-1990), Romário (1995-1999), ao lado de tantos ídolos, neste domingo último, o Flamengo entrava em campo dependendo de si para ser campeão.
Mostrou capacidade de superação e garra que se pode esperar de um time que tanto alegria deu ao povo brasileiro. Com gols de David e Ronaldo Angelim, o Rubro Negro venceu de virada. E fez a festa para nós torcedores, brasileiros sofridos com as maracutaias dos nossos políticos. Deu para recuperar o riso, ficar rouco e fazer besteiras pelas avenidas de várias cidades.
O futebol folclariza nossa gente. Não há comedimentos em nossas manifestações, somos exageradamente festeiros. Na segunda, que os patrões fiquem de sobreaviso, muitos faltaram ao trabalho, sejam complacentes chefes. O povo precisa deste dia para sonhar com o próximo campeonato.
Em tempo segue minha homenagem à nação rubro-negra:
“Uma vez FlamengoSempre FlamengoFlamengo sempre eu hei de serÉ o meu maior prazerVê-lo brilharSeja na terraSeja no marVencer, vencer, vencerUma vez FlamengoFlamengo até morrer...” (Lamartine Babo)
Não coloquei o hino todo, porque sei que a rapaziada sabe de cor! Parabéns torcedores do sempre amado Flamengo!

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