Eu, que me encantava com tanto,
perdi a graça, fiquei ingrata.
Mulher feita, sem enfeites
legitimei o riso amarelo.
E, sobre mim, pairam brasas.
Se digo a verdade, é o inferno.
Viver é experimento do observar.
E depois de tanto, a língua destrava,
sem consentimento.
Deus ri baixinho,
solidário a mim.
E a alma poeta transborda,
borda sobre o papel
a acidez dos versos.
Não sou amarga.
Sou assim, meio destemida,
olho sem vergonhas
a nudez do mundo.
Crio atalhos pela madrugada,
farejo o pólen,
semeio minhas cruzes
nos poemas inventados.
E nesta lassidão
rebordo a vida
que teima em gemer
na lua minguante.
Vou colando estrelas no teto,
roubo da noite o silêncio,
mudo meus rumos.
perdi a graça, fiquei ingrata.
Mulher feita, sem enfeites
legitimei o riso amarelo.
E, sobre mim, pairam brasas.
Se digo a verdade, é o inferno.
Viver é experimento do observar.
E depois de tanto, a língua destrava,
sem consentimento.
Deus ri baixinho,
solidário a mim.
E a alma poeta transborda,
borda sobre o papel
a acidez dos versos.
Não sou amarga.
Sou assim, meio destemida,
olho sem vergonhas
a nudez do mundo.
Crio atalhos pela madrugada,
farejo o pólen,
semeio minhas cruzes
nos poemas inventados.
E nesta lassidão
rebordo a vida
que teima em gemer
na lua minguante.
Vou colando estrelas no teto,
roubo da noite o silêncio,
mudo meus rumos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário