Na medida que me prendo diante da tevê, encho minha pança de insanidades, porque a cabeça já não se alimenta, gira igual pião de infância, que não existe mais. Preciso parar, ler e deixar de me envolver com as notícias. Quero passear longe da mesquinhez e do emaranhado de informações que me enfiam goela abaixo.
Na coluna do Alselmo Gois de domingo passado uma notícia que me chamou atenção: a filha da Maitê Proença esqueceu seu laptop num táxi no centro do Rio com todo o material de estudo. O motorista buscou pistas até encontrar a filha de Maitê e devolver o aparelho. Forma de gentileza que poucos têm nos dias de hoje.
Fechamos os olhos aos pequenos enganos, aos graves abusos e mesmo sangrando nem percebemos que a injustiça e a nossa omissão diante do pequeno podem ser aliviadas com gestos de gentileza. A gente vive anestesiada, choramos pela morte abrupta de alguém hoje, amanhã continuamos a seguir a novela do crime, com atores reais, aflitos que logo termine. Pois o show precisa ser renovado. E assim vamos empurrando nossas culpas para debaixo do tapete.
Convivemos com atentados à dignidade humana sem nenhuma reação, porque nos acostumamos a presenciar e calar. Sorrir deixou de ser habitual e ser educado com as palavras: por favor, me dá licença e obrigado são frescuras neste mundão machista.
O mundo globalizado incita as pessoas em direção à xenofobia, à intolerância diante do outro, à idéia de que há um atalho histórico, que nos leva ao consumismo e ao individualismo desenfreado. Chega do suplício diário sobre as torturas nas cadeias deste nosso imenso país, cujas vítimas sabemos, em geral são negros e pobres. Um basta ao trabalho e à prostituição infantil, ao político sem pudor e cheio de lábia, ficamos hipócritas, hienas numa nação sem o espírito de missão cívica e patriótica.
Nós nos acostumamos com professores e médicos mal remunerados, com o lixo nas ruas, com a falta de gentileza entre as pessoas, com a grosseria e corrupção. A barbárie campeia livremente. Perdemos os limites do que é ser civilizado. Hoje, meu artigo é esse poço de dor que pretende mostrar que o intolerável não pode ser tolerado.
Gestos com o do motorista de táxi e alguns outros deveriam ser estampados em letras garrafais como feitos gloriosos. Quem sabe a gente aprende, de novo, a ser gente. Não quero criar fronteiras e nem barricadas nas minhas vidraças. Portanto, viva a gentileza!
Na coluna do Alselmo Gois de domingo passado uma notícia que me chamou atenção: a filha da Maitê Proença esqueceu seu laptop num táxi no centro do Rio com todo o material de estudo. O motorista buscou pistas até encontrar a filha de Maitê e devolver o aparelho. Forma de gentileza que poucos têm nos dias de hoje.
Fechamos os olhos aos pequenos enganos, aos graves abusos e mesmo sangrando nem percebemos que a injustiça e a nossa omissão diante do pequeno podem ser aliviadas com gestos de gentileza. A gente vive anestesiada, choramos pela morte abrupta de alguém hoje, amanhã continuamos a seguir a novela do crime, com atores reais, aflitos que logo termine. Pois o show precisa ser renovado. E assim vamos empurrando nossas culpas para debaixo do tapete.
Convivemos com atentados à dignidade humana sem nenhuma reação, porque nos acostumamos a presenciar e calar. Sorrir deixou de ser habitual e ser educado com as palavras: por favor, me dá licença e obrigado são frescuras neste mundão machista.
O mundo globalizado incita as pessoas em direção à xenofobia, à intolerância diante do outro, à idéia de que há um atalho histórico, que nos leva ao consumismo e ao individualismo desenfreado. Chega do suplício diário sobre as torturas nas cadeias deste nosso imenso país, cujas vítimas sabemos, em geral são negros e pobres. Um basta ao trabalho e à prostituição infantil, ao político sem pudor e cheio de lábia, ficamos hipócritas, hienas numa nação sem o espírito de missão cívica e patriótica.
Nós nos acostumamos com professores e médicos mal remunerados, com o lixo nas ruas, com a falta de gentileza entre as pessoas, com a grosseria e corrupção. A barbárie campeia livremente. Perdemos os limites do que é ser civilizado. Hoje, meu artigo é esse poço de dor que pretende mostrar que o intolerável não pode ser tolerado.
Gestos com o do motorista de táxi e alguns outros deveriam ser estampados em letras garrafais como feitos gloriosos. Quem sabe a gente aprende, de novo, a ser gente. Não quero criar fronteiras e nem barricadas nas minhas vidraças. Portanto, viva a gentileza!
2 comentários:
POis é, Fátima, vc é tb a gentileza em pessoa!
Seu carinho pelas pessoas, sua preocupação em ser solidária, seu sorriso gostoso e esse abraço tão apertado e só seu, tb é gentileza!
Feliz daqueles que passam por ti na vida e que constinuam passando sempre... e ficando sempre!
Um beijo prá ti, minha gentil deliciosa!
Pequenos atos de gentileza ainda conseguem alimentar a minha faminta esperança de que mesmo com tão pouca gratidão pela vida, as pessoas conseguem expressar um mísero obrigado que seja, por algum momento!
Eis que ainda existe vestígios de gentileza...
Abraço.
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